Uma coisa que sempre me afligiu bastante e que causa severos remorsos é o "bendito" domingo. Dia mais inútil da semana, que para alguns é o último, mesmo sendo, na verdade, o primeiro.
O ócio normalmente nada de braçadas - simplesmente não há muito que fazer fora daquele esquema do almoção e do futebol às 4 da tarde na TV. Tenta-se driblá-lo com alguma tecnologia - vá lá, internet, msn, blá blá blá -, mas no fim do dia (dia não, domingo), fica aquela velha sensação de que nada foi feito.
Mesmo vendo aquele filme que te fez pensar ou que te deu acessos de gargalhadas há muito esquecidas - o domingo te frustra.
Esse ano até vi um cara falar sobre o assunto. Ele tava mediando as discussões da Flip (aquele encontro literário) e comentou sobre a inutilidade das manhãs de domingo - que ele sempre estava curando alguma ressaca... Bem, naquele dia ele estava na Flip. "Gastou" bem este tempo.
Mas mesmo assim, um sétimo da vida se vai nesses momentos perdidos com reportagens melodramáticas do Régis Rösing, programas nordestinos de auditório, et coetera...