Esse é um aviso sincero sobre os momentos que passei. No início era brincadeira, só experimentava de vez em quando. Normalmente na casa dos outros, nem tinha em casa. Daí a coisa ficou séria, comecei a mexer com essas paradas dentro da minha própria casa, indiscriminadamente. Se não tinha nada pra fazer, ia lá e mandava brasa (putz..essa é velha).
Sim, a droga chamada internet já havia me aliciado, me seduzido. Me trouxe necessidades até então que não possuia - ou será que apenas não conhecia?
Brincadeira? Infelizmente não. Há quase uma semana, a empresa responsável por minha conecção estava fazendo um trabalho de manutenção, o qual me trouxe algumas horas sem 300 kilobites por segundo. Foram horas estressantes sem saber o que fazer... Ler um livro, você diria. Não, eu queria saber o porquê de não ter minha velocidade de download! Porquê minha "conecção" com o mundo havia sido cortada. Porquê meu cordão umbilical de informação estava solto. Acima de tudo, porquê parecia que estava tão sozinho.
A conclusão que cheguei, e que agora, por ela, faço essa advertência, é de que a tela do computador é a nova tela de TV. Se antes tinhamos que esperar por determinado horário para sentarmos no sofá e divagar com algo tolo o bastante para entreter, agora podemos sentar numa cadeira de estofamento duvidável e clicar para abastecer nossa ignorância. São muitas opções além da Globo, SBT, Record.. da antiga televisão. Todo tipo de entretenimento inócuo, ou não, está lá.
Quantas séries você vê atualmente? Quantos filmes você baixou? Quantos downloads de álbuns que você ainda não escutou? A cartilha é a mesma pra maioria das pessoas. Essa tele-tela não avisa seus males, não vem com manual de intruções, nem advertência, como um maço de cigarros. Entretanto, além de ser um avanço, pode ser também, se mal usado, a maior droga do séc. XXI.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
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